Um dos maiores símbolos do Círio, o manto que veste a imagem peregrina é usado todos os anos desde o Traslado para Ananindeua (primeira procissão oficial) até o Recírio. Em 2010, os responsáveis pelo desenho e confecção da peça foram Mizar Bonna e Jorge Bittencourt. Segundo a idealizadora da obra, a inspiração aconteceu na Praça Santuário, em uma tarde ensolarada, sob a contemplação do vôo de periquitos e do verde das árvores que harmonizam o local. “Os periquitos do manto são todos nós que acompanhamos o Círio”, explica Mizar.
Além do desenho, a vestimenta da Santa ganhou ainda o brasão de Dom Alberto Taveira, que participa pela primeira vez da Festividade, e o broche com o símbolo da Diretoria da Festa, que comemora neste ano seu centenário. Os materiais utilizados na confecção do manto foram pique, miçangas, cristais, linhas douradas, estrasses e tela. Além de muito amor e fé à Virgem.
Segundo o diretor da Festa de Nazaré, César Neves, a escolha dos criadores levou em consideração a experiência e o sucesso das realizações anteriores da dupla, que junta já produziu mais de cinco mantos. Ao todo, foram sete meses de reuniões, análises e preparativos até a divulgação da obra, que até hoje era um grande segredo. “Um dos poucos privilégios de ser diretor da Festa é poder acompanhar de perto todo esse processo. Estou muito feliz e emocionado em vivenciar este momento”, concluiu.
“Que durante os próximos dias, todos nós nos deixemos conduzir pela Virgem Maria, sem desperdiçarmos olhares, gestos e palavras de Deus”, afirmou Dom Alberto Taveira, ao final do evento, abençoando todos os presentes. (Diário do Pará)
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