Antes de tudo devemos recordar quais foram as instancias sociais que deram inicio aos dois conflitos mundiais: nao foram os indios pagaos das Americas, nem os arborigenes da Ocenia; mas protestantes, católicos e evangélicos, que em lugar de criar a paz e distiguerem-se pelo altruismo, orquestraram alguns dos episodios mais sangrentos da historia da humanidade. O ódio, a vingança, os interesses econômicos etc. dominaram, não a misericórdia, a paz, o amor. Mas se nós corremos ao longo dos séculos, vemos que sempre costituiu uma constante, embora com protagonistas diferentes, o fenomeno da guerra: seja dos trinta anos, dos cem anos, cruzadas, as disputas parecem haver determinado as relazoes enre os homens de todos os tempos. Quantas mentiras entre as cortes, quanta imoralidades, quantas vezes a expulsão de monges, religiosos, as famosas supressões das ordens etc. Como podemos dizer que existia o cristianismo? Quantos exploravam os pretos, os índios, até fazendo escravos, e até em nome de mosteiros. Quanto se aceitou uma diferencia social sem controle, como muitas vezes as ideologias substituíam a fé! Papas presos e deportados, inimigos denunciados por hereges, politicagem para impor as próprias escolhas, os próprios interesses em lugar da justiça! Quanta vez se procurava a Igreja pelo fato que tinham tantos benefícios de todos os tipos, econômico, políticos etc. pelo qual era grande a vantagem de ser clérigo, até cardeal!
Cristãos, religiosos e até padres, bispos, e papas com filhos extraconjugais, com relações de todos os tipos, da pedofilia ao homossexualismo, organizando orgias etc. Vendo tudo isso pergunto-me se realmente eram cristãos... A resposta está na parábola do pai misericordioso, onde apresenta um praticante sem fé, o filho maior. Tínhamos, e temos muitos que se dizem cristãos, mas cujo Deus é mamona! São praticantes talvez, mas sem fé, pensemos nos mafiosos que iam à missa dominical para organizar suas vinganças! Até entre os voluntários existe o fato de sê-lo ao fim de ganhar conhecimentos, amizades, e ser bem recebido, praticamente fazer propaganda de si mesmo. Quantos trabalhos de “evangelização” que são mais um procurar as minhas idéias, os meus planos do que de levar o Cristo aos outros, de maneira que as pessoas se tornam discípulas minhas, mais do que de Jesus!
Será que entedemos realmente o significado de ser cristãos? Será que o somos se não lutamos contra a pobreza material e espiritual, se aceitamos estes desníveis entre as pessoas, de um lado pessoas formadas e de outros analfabetos! Aonde o amor verdadeiro levou-nos a construir uma verdadeira comunidade? E Jesus disse que o novo mandamento é amar-nos como ele nos amou, isto é, humilhando-se até o máximo para conseguir libertar-nos e dar-nos a vida nova, tornar-nos herdeiros de Deus!
A meu parecer a diminuição do numero dos catolicos pode corresponder a uma certa melhoria no nivel de qualidade de vida crista. Mas ainda estamos longe de poder-nos dizer seus discípulos! Ainda muito autoritarismo está presente, muita falta de dialogo.. No esforço de encher as igrejas, esquecemos o que é uma verdadeira evangelização, e mais ainda uma catequese. Como pode a criança que não encontra na própria casa quem lhe fale de Deus, não encontra na escola, na igreja às vezes em forma muito superficial, como pode chegar a ser um verdadeiro discípulo-missionário? Quando toda a sua vida é dirigida à carreira, ao sucesso, a realizar seus sonhos, como pode em poucos meses entender o que é Eucaristia, Confirmação etc.? Precisa evangelizá-las antes de catequizá-las.
Uma coisa é muito interessante quando olhamos para a história... Parece que, pouco a pouco, estamos sempre mais compreendendo o evangelho, demonstrado num crescimento contínuo na descoberta dos verdadeiros valores ensinados por Cristo, sobretudo com a sua propria vida. Quando chegaremos à perfeita compreensão? Só Deus sabe! Os santos são aqueles que mais se aproximaram deste conhecimento divino, muitas vezes na simplicidade, outras na dificuldade, mas sempre dirigidos pelo amor ao Senhor Jesus.
Mauro Henrique
Estudante de Teologia Pastoral.
Pontifícia Universidade Católica de Chile.
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