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Barnabitas 47O anos



História
   Barnabitas. Algumas pessoas podem não conhecer esse nome, mas ele está diretamente ligado à história do Círio de Nazaré. Depois de dois séculos de devoção à Nossa Senhora de Nazaré em Belém, foram eles que passaram a zelar por essa tradição religiosa, planejaram a construção da Basílica Santuário, jóia de rara beleza neo-clássica que eles mesmos erigiram, com ousadia e fé, em louvor à Rainha da Amazônia! 

   Os Barnabitas são uma família religiosa, originada em 1533 pela ação do jovem médico e sacerdote, Santo Antônio Maria Zaccaria, em Milão – Itália. Homem vibrante e fortemente marcado pelo ardor na pregação do Evangelho e na reforma dos costumes de sua época, ele encontrava em Jesus Cristo, crucificado e adorado na Eucaristia, toda a força para o seu intenso apostolado.

   Santo Antônio Maria Zaccaria chamou seus seguidores de Clérigos Regulares de São Paulo:
   » “Clérigos” porque são sacerdotes, membros do clero.
   » “Regulares” por viverem em comunidades, comungando a mesma regra de vida e professando os votos de pobreza, obediência e castidade.
   » “De São Paulo” por terem o Apóstolo como modelo e guia.


   Mas, por trabalharem numa igreja dedicada a São Barnabé, o povo de Milão preferiu chamá-los de “Barnabitas”. E, até hoje, são assim conhecidos.

   Os Padres Barnabitas são um dos três ramos católicos herdeiros da espiritualidade de Santo Antônio Maria Zaccaria, assim como as Irmãs Angélicas e os Leigos de São Paulo. A Ordem foi fundada pelo jovem médico (Antônio Maria Zaccaria) no ano de 1533, em Milão, na Itália. A idéia do fundador era a de aproximar os fiéis da Igreja, levando-os a encontrar-se com Jesus Cristo, o Redentor do Homem.

   Belém do Pará – A história dos Barnabitas está ligada à da Virgem Nazarena desde 1905, quando a Arquidiocese de Belém lhes confiou a Paróquia de Nazaré, na pessoa do padre francês Francisco Richard e seus companheiros.

   A primeira página do jornal Folha do Norte, de 9 de outubro de 1905, revela que "milhares de fiéis seguiam a Virgem na romaria" durante o Círio daquele ano. Mas, apesar do número de devotos, a igreja matriz paroquial não passava de um templo simples construído em 1884. De acordo com o Álbum de Belém de 1902, "esse templo não tem estilo arquitetônico definido; é de uma simplicidade quase rústica, valendo muito, no entanto, para a crença dos fiéis, por esse nevoeiro de lendas, que o parece envolver num denso véu de mistério sagrado".

   Ao tomar posse, o pároco Francisco Richard dedicou-se a obras mais urgentes de restauração do templo. Recuperou a parte exterior, renovou imagens e pinturas da parte interna e adquiriu paramentos e toalhas. Mas, pelo extraordinário significado do culto local à Virgem, Padre Richard se convencia mais e mais de que não bastava uma reforma. E a idéia de uma nova construção foi surgindo.

   O desejo de levantar uma nova sede para Nossa Senhora de Nazaré ganhou impulso com a vinda a Belém do visitador geral dos Barnabitas, Padre Luigi Zoia, em 1908. Grande admirador de artes, o Padre Zoia sugeriu que o novo templo fosse logo erguido ao lado do antigo, para não interferir na devoção dos fiéis. Retornando à Itália, esse religioso colaborou por longos anos nas obras da Basílica de Nazaré enviando fundos, plantas e material para a construção.

   A pedra fundamental da nova igreja foi lançada no ano seguinte - 24 de outubro de 1909 - iniciando-se a sua construção já sob a liderança do Padre Emílio Richert. Além de uma multidão de fiéis, estiveram presentes o Arcebispo de Belém, Dom Santinho Maria da Silva Coutinho, o Governador Augusto Montenegro e Antônio Lemos, representando a intendência municipal, cargo que corresponde hoje ao de Prefeito da cidade.

   No dia do "nascimento" da Basílica, surgiu também um outro importante símbolo: o hino do Círio. Composta pelo maranhense Euclydes Faria, a canção de 12 estrofes se tornou o canto oficial da Padroeira dos paraenses.

"Vós sois o lírio mimoso,
Do mais suave perfume,
Que ao lado do santo esposo,
A castidade resume.
Ó Virgem Mãe amorosa,
Fonte de amor e de fé,
Dai-nos a benção bondosa,
Senhora de Nazaré"

   As obras começaram em dezembro de 1909 e em menos de cinco anos, graças à colaboração dos fiéis e ao fôlego da borracha, a igreja já possuía sua estrutura básica.

   Em 1918, o novo Pároco de Nazaré é o Padre Afonso Di Giorgio, a quem coube a conclusão das obras e a delicada missão de ornamentar a igreja. E ele se empenhou, "estudou-lhe a estrutura, examinou as possibilidades, consultou os arquitetos e depois formou o seu plano: cobri-la dos mais valiosos mármores e de obras de arte mais preciosas, posto que para tal fim precisasse mover o mundo. Quem o ouviu falar naquele tempo deve tê-lo tachado de louco. Onde iria buscar fabulosa quantia que seus projetos reclamavam?" - comenta um biógrafo do Padre.

   A Primeira Guerra Mundial havia de tornar tudo muito complicado, pois que chamou de volta à Europa vários companheiros religiosos. Além disso, a desvalorização da borracha fez desacelerar a execução do magnífico projeto.

   Sem se deixar abater, o Padre Afonso organizou eventos de arrecadação de fundos, além de visitar cotidianamente os principais departamentos do poder público e os comércios locais em busca de doações. Mas a maior parte do dinheiro investido vinha mesmo do pagamento de promessas e do lucro com os arraiais no Círio.

   Tamanho esforço para que a Basílica de Nazaré fosse erguida foi recompensado. É uma das mais importantes construções sacras do Brasil e do Mundo. Em 19 de junho de 1923, ainda inacabada mas, já àquela altura, esplendorosa, pôde ser agraciada com o título basilical por decreto do Papa Pio XI, sendo agregada à Basílica romana de Santa Maria Maior - mãe de todos os templos marianos católicos. Já a coroação pontifícia da Imagem de Nossa Senhora de Nazaré pelo Vaticano, ocorreu no pontificado de Pio XII, durante o 6º Congresso Eucarístico Nacional, em Belém, em 1953.

   O reconhecimento do Poder público efetuou-se em vários momentos significativos, como a condecoração da Ordem do Cruzeiro do Sul conferida ao Padre Afonso Di Giorgio pelo Presidente da República, Juscelino Kubitschek, em 1958. A Lei Estadual nº 4.371, de 15 de dezembro de 1971, proclamou a Virgem de Nazaré, Padroeira do Pará e Rainha da Amazônia, merecedora de honras de Chefe de Estado. E desde 1992, a Basílica Santuário é tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado, por sua importância histórica, religiosa, cultural e artística.

   Em 31 de maio de 2006, o Arcebispo Metropolitano, Dom Orani João Tempesta, decretou que se acrescentasse à Basílica o título de Santuário. Assim, o templo construído com empenho pelos Barnabitas se tornou o Santuário Mariano da Arquidiocese de Belém.

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